Chegam sem a
refeição da manhã, rondam sistematicamente o bar, mas nada compram.
As escolas
identificam assim cada vez mais alunos com carências alimentares, aos quais
procuram dar resposta, apesar de os seus orçamentos também estarem em crise.
De acordo
com a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação
(CNIPE), as receitas de bufetes e papelarias das escolas estão a sofrer uma
quebra de 30 por cento.
"Tanto
no bar dos alunos, como na papelaria há efectivamente uma quebra. Ainda não
quantifiquei, mas é uma redução substancial", confirmou à agência Lusa o
presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel
Pereira.
Os alunos
têm cada vez menos dinheiro para gastar na escola e em muitas situações chegam
mal alimentados.
O professor
dirige uma escola em Cinfães, onde grande parte da mão de obra masculina estava
associada à construção civil, agora estagnada.
Mesmo
famílias que conseguem manter o emprego, vêem reduzido o rendimento e a escola
é o primeiro lugar onde as evidências não podem ser negadas.
Retirado: http://economico.sapo.pt/noticias/escolas-tem-cada-vez-mais-alunos-com-fome-a-quem-ajudar_130629.html
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