sexta-feira, 4 de novembro de 2011

EDP paga 6% para emitir divida a particulares

A emissão será de até 200 milhões de euros com maturidade a três anos. 
      A EDP prepara-se para lançar uma nova emissão de obrigações de, pelo menos, 200 milhões de euros. Só que, ao contrário do que sucedeu até agora, desta vez a eléctrica vai financiar-se junto de investidores particulares. A "EDP [6%] 2014" será distribuída através uma oferta pública de subscrição (OPS), a colocar aos balcões de alguns bancos.
    
O montante de encaixe para a empresa poderá, no entanto, ser superior. A operação prevê a possibilidade de, durante o período de subscrição, o montante da oferta poder ser aumentado por opção da própria EDP.
   
A data da colocação da dívida emitida pela EDP, cujo agente pagador é o Deutsche Bank, será 7 de Dezembro de 2011, pelo que o vencimento será a 7 de Dezembro de 2014.
   
O preço de subscrição será de mil euros (valor nominal de cada obrigação). O BPI, BCP, BESI e Barclays são os bancos responsáveis pela colocação da OPS. Este tipo de operações, em que se opta por uma oferta pública de subscrição como forma de colocação de dívida, é pouco frequente entre as empresas nacionais, excepção feita, por exemplo, para as sociedades anónimas desportivas dos clubes de futebol.

Segunda emissão este ano
 
      A 25 Janeiro, a EDP colocou no mercado uma emissão no montante de 750 milhões de euros destinada a investidores institucionais, com vencimento em Janeiro de 2016 e um cupão de 5,875%.
     Esta emissão de títulos de dívida, admitida à cotação da London Stock Exchange, destinou-se a assegurar as necessidades decorrentes da actividade normal da empresa, permitindo alargar o seu prazo de maturidade e reforçar a flexibilidade financeira, esclareceu a EDP. Um mês depois, o grupo energético precederia um aumento de 30 milhões francos suíços (24,4 milhões de euros) da sua emissão inaugural de 200 milhões de francos suíços (163 milhões de euros), realizada em 31 de Janeiro de 2011. Com vencimento em Fevereiro de 2014, tem um cupão de 3,5%.
    
Com uma dívida de 16,8 mil milhões de euros no final do primeiro semestre, a empresa continua a defender que tem as necessidades de financiamento praticamente asseguradas para os próximos dois anos. Os sucessivos cortes de 'rating' que sofreu, na sequência da crise da dívida soberana portuguesa, faz, no entanto, com que o acesso ao mercado de capitais, se necessário, se torne mais caro, destacam as empresas de notação financeira.



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